terça-feira, abril 15, 2008

Inteligência Artificial – Definição, história e questões éticas

O que é?

Será o homem capaz de criar alguma vez uma máquina tão inteligente como ele próprio? Qual a necessidade de tal construção? Somos até hoje o único ser com inteligência à face da Terra, quereremos no futuro partilhar esse domínio com máquinas? Antes de responder a estas e outras questões, vamos antes responder: Afinal, o que é a inteligência artificial? A Inteligência Artificial é por um lado uma ciência, que procura estudar e compreender o fenómeno da inteligência, e por outro um ramo da engenharia, na medida em que procura construir instrumentos para apoiar a inteligência humana. A I.A. é inteligência como computação, tenta simular o pensamento dos peritos e os nossos fenómenos cognitivos. De um modo genérico, a IA é o estudo e a construção de entidades artificiais com capacidades cognitivas semelhantes às dos seres humanos.

Mas estaremos interessados em construir este tipo de entidades (agentes)? Ao longo da vida do homem, este viu-se ameaçado com quatro descontinuidades. 1º a matéria: antes nós éramos o centro no universo, mas Copérnico defendeu que o nosso lugar no cosmos deixou de ser central… 2º a vida: Deixámos de ser uma criatura resultante dum acto de criação especial, segundo a teoria da evolução das espécies de Darwin. 3º não temos total controlo da mente segundo Freud. E agora debatemo-nos com uma possível 4ª descontinuidade: o que nos difere hoje de outros seres é a nossa inteligência, teremos agora de partilhar essa inteligência com as máquinas?


Breve História

(retirado do endereço: http://www.citi.pt/educacao_final/trab_final_inteligencia_artificial/historia_da_ia.html)

Apesar de relativamente recente como Inteligência Artificial, esta ciência é a realização de um sonho do homem que remonta à Antiguidade Clássica. No Renascimento, e com a expansão de um espírito prático e quantitativo, surge a mecânica e, com ela, (e com o aperfeiçoamento do mecanismo do relógio) uma nova concepção do homem. Imprescindíveis para o avanço da I.A. foram os trabalhos dos matemáticos dos séculos XVII a XIX. No séc. XIX, surge a figura de Alan Turing mas só em 1956 é que a Inteligência Artificial começa a ser reconhecida como ciência. Os desenvolvimentos em I.A. avançam lado a lado com a evolução dos computadores que, ao longo do tempo foram fazendo com que se começassem a encarar essas máquinas como inteligentes alterando mesmo o nosso conceito de inteligência e aproximando os conceitos ‘máquina’, tradicionalmente não inteligente da ‘inteligência’, capacidade antes consignada exclusivamente ao homem. No entanto o seu objecto de estudo continua rodeado de uma certa bruma, no sentido em que o homem ainda não possui uma definição suficientemente satisfatória de inteligência e para se compreenderem os processos da inteligência artificial e da representação do conhecimento terão de se dominar os conceitos de inteligência humana e conhecimento. Mas chegará o conhecimento através da manipulação de conceitos complexos ou através da percepção? Devemos então fornecer à máquina uma avalanche de dados, teorias formais de ‘bom senso’, de crenças, de um universo simbólico superior ou, pelo contrário, basear o estudo da cognição no nível inferior da percepção e do controlo motor. A tendência geral foi no sentido de conciliar as duas teorias numa terceira teoria híbrida, segundo a qual a máquina seria capaz de raciocinar utilizando conceitos complexos, e de perceber o seu meio envolvente. Nos últimos anos tem-se dado atenção a alguns dos sectores de pesquisa abandonados no passado, como a representação de redes neuronais e a tradução automática, interesses renovados graças aos enormes progressos a que se tem assistido no domínio das ciências da computação. Assim a história da I.A. é povoada de diferentes paradigmas que se contrapõem, de teorias que se defendem e abandonam, e que são consecutivamente retomadas.

Algumas questões que ocasionam perguntas éticas interessantes (Wikipedia)

  • Determinação da sensitividade de um sistema que criamos;
  • Pode a IA ser definida em um sentido graduado?
  • Liberdades e direitos para esses sistemas;
  • Pode IAs ser “mais inteligentes” que os humanos, da mesma forma que somos “mais inteligentes” que outros animais?
  • Desenhos de sistemas que são muito mais inteligentes que qualquer humano;
  • Decisão do nível de salvaguardas a ser desenhadas nesses sistemas;
  • Visão do nível de capacidade de aprendizado que um sistema necessita para replicar o pensamento humano, ou até que ponto satisfatoriamente ele pode realizar tarefas sem essa replicação. (e.g., sistema de perícia);
  • A Singularidade;
  • Consciencialização subjectiva de emoções em relação a carreiras e empregos. Os problemas podem assemelhar-se a problemas detectados no âmbito do livre comércio.

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